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“Pensão brotinho” aumenta gasto da Previdência

A preferência dos homens de escolherem parceiras cada vez mais jovens está provocando um aumento na despesa do INSS com as pensões.

Estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que, na faixa dos 64 anos a 69 anos, cerca de 69% dos homens se casam com mulheres mais jovens. A preferência é por parceiras 30 anos mais novas.

Essa tendência, que se acentuou nos últimos 20 anos, aumenta a despesa do INSS com o pagamento das pensões. Em 1991, por exemplo, o tempo médio que a viúva recebia o benefício era de 17 anos. Isto é, a parceira, por ter a mesma faixa de idade do marido, recebia a pensão até morrer por mais 17 anos. Em 2005, essa média de tempo de recebimento da pensão saltou para 35 anos.

“O casamento com diferença de idade muito grande gera esse tipo de pensão com um longo período de pagamento. A regra do INSS para as pensões é muito branda e não prevê nenhum tipo de limitação”, disse Paulo Tafner, pesquisador do Ipea.

Atualmente, cerca de 30% dos benefícios previdenciários pagos pelo INSS são pensões por morte, com valor médio de R$ 737,64.

Por mês, em média, são 109 mil novas pensões no país -25 mil no Estado de SP.

“A cada ano, aumenta um ponto percentual o volume de pensões por morte. Hoje, um casamento de uma semana entre uma garota e um senhor pode gerar uma pensão de 40 anos”, avaliou.

Publicada em 19/08/2009 16:28:20

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